11.1.11

Match Point, 2005













Sorte.
É o núcleo do filme e o cerne da sua questão.
Um simples golpe de sorte que levou um simples treinador de ténis a conhecer um membro de uma família abastada e que a partir daí, a sorte influenciou o desenrolar da sua vida e todas as suas acções.
Traição, mentiras, enganos... Foi o que resultou dos sucessos conquistados e da subida de estatuto social e da revelação do seu verdadeiro Eu. Até que estes elementos tomaram controlo da sua vida e conduziram-no à realização de um crime para, eventualmente, resolvê-los. Perante isto, era natural pensar que a sorte o tivesse abandonado, mas não. A sorte (ou o acaso) persistiu em continuar a seu lado. E sim foi a sorte, pois o crime estava longe de ser perfeito.
Woody Allen trouxe-nos quase que uma visão própria da sorte.
O jogo de cores pálidas para retratar uma Inglaterra fria que figura o espírito frio e calculista do protagonista e igualmente a ignorância vivida entre ele e a mulher. Em contra-partida, a utilização de cores quentes como os castanhos dos bares em que se encontravam ou os tons do quarto da amante.
Allen usa igualmente os planos de foque facial para dar mais emoção aos diálogos e mais importância aos diferentes sentimentos.
As interpretações de extremos, com abundância de fulgor e ambição da amante e a interpretação fria e sem sentimentos por parte do protagonista.
Os pormenores com imensa importância e a primeira frase que marca o resto do filme, resultam numa obra prima de visão pessoal e tão própria como podemos esperar do sempre genial Woody Allen.

3 comentários:

  1. Talvez a grande obra de Woody Allen na última década. A melhor de todas continua a ser o Annie Hall :)

    Abç

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  2. Completamente, Woody Allen é Annie Hall, Annie Hall é Woody Allen! :)

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